A recente vertente chamada de "literatura de autoajuda" é ramo que tem sido alvo de alguns escritores e muitos leitores nos derradeiros tempos. Pretende, a dita literatura auxiliar, as pessoas em seus cotidianos problemas, havendo até diversas ramificações dentro do conceito de literatura de autoajuda. Na vã pretensão de ter respostas sobre todas as dúvidas e, ainda, prover o autoconhecimento torna-se, por vezes, burlesca, pois não resultam em soluções práticas. A angústia, o estresse, a depressão e o despertencimento são problemas contemporâneos e refugiar-se num oásis imaginário, mais parece ser mesmo sonho esquizofrênico. Por vezes, se ampara em religiões tais como o budismo, sufismo, o hinduísmo e o vetusto cristianismo e, transforma os ensinamentos em forma de orientação para as realizações da vida, calcada numa espiritualidade e na fé. De qualquer forma, a literatura é fenômeno da atualidade, sendo criticada por Freud desde antes do século XX, sendo que a relação estabelecida entre o autor e o leitor é pautada por processos psíquicos de identificação e transferência em favor da adesão às propostas do autor, permite que este renove continuamente a promessa de conduzir o leitor ao tão almejado sucesso. O primeiro livro do gênero foi intitulado "Autoajuda", por escocês Samuel Smiles e publicado em 1859. Sua frase de abertura é: "O céu ajuda aqueles que ajudam a si mesmos", uma variação de "Deus ajuda aqueles que ajudam a si mesmos", uma máxima frequentemente citada no Poor Richard's Almanac, do ex-presidente americano Benjamin Franklin. Um forte opositor da autoajuda é Wendy Kaminer, em seu livro intitulado "I'm Dysfunctional, You're Dysfunctional" (Eu sou deficiente, você é deficiente) critica o movimento por encorajar as pessoas a focarem apenas no desenvolvimento pessoa, em vez de se unirem aos movimentos sociais, para resolverem seus problemas.