Para Platão, a felicidade era a harmonia da alma. A felicidade é uma busca, não há atividade humana que não procure avidamente encontrá-la. E, Nietzsche a buscou, deixando evidente em seus relatos históricos e na sua alta produtividade filosófica. Para o filósofo alemão a fórmula da felicidade se tratava de um sim, um não, uma linha reta, uma meta. Ao dizer sim ao sonho, você o transforma em meta. Acrescente a reta longíqua que te leca diretamente ao seu objetivo e, diga não a tudo que possa te tirar do caminho. Não existe fórmula genérica de felicidade. Para Aristóteles, a felicidade consiste em uma atividade da alma conforme a virtude. É bem supremo que tem fim em si mesmo, sendo, assim almejado por todos. Já para Freud, a felicidade é concebida como a obtenção de prazer. Determinada pelo princípio do prazer e, simultaneamente, evitar o desprazer. Infelizmente, aponta Freud que a intenção que o homem seja feliz não está contida no plano da criação. Desta forma, a felicidade é inatingível em virtude da própria constituição psíquica humana. Kant, o meu filósofo favorito, afirmou que a felicidade seria a satisfação de todas as nossas inclinações. Portanto, seguindo um viés moralista, tal satisfação total só existiria através da virtude. Schopenhauer definiu a felicidade como a satisfação sucessiva de todo o nosso querer, e afirma que a tendência a ela, coincide completamente com nossa existência cuja essência é a vontade de viver, porém, revelada pelo conhecimento como sendo o nosso maior erro e ilusão. Existem, enfim, mil e uma felicidades.