Todos são obrigados a serem felizes.
Todos são credores da paz.
Todos amam a felicidade e
exercitam a empatia.
A dor do outro nos afeta.
A felicidade do outro nos contamina.
O vírus coroado pontifica a saúde como rainha.
Todos são obrigados a serem sábios.
E, ter a inocência das crianças.
E, ter a esfervescência dos jovens.
E, ainda a quietude dos idosos.
Todos são obrigados a darem-se mãos.
E numa humanidade recíproca
e compartilhada.
Ajudarem-se uns aos outros.
Compartilhando o infinito momento
Compartilhando a poesia.
Rachando o lirismo em gomos
Como tangerina ou bergamota.
E, descascando-se como a banana.
Para despir-se do desnecessário
e incorporar a essência.
Contida na alma.
Contida na lama.
Contida no silêncio das pausas
E, a música das musas.
Eis o decreto da esperança.