"O conhecimento é o mais potente dos afetos: somente ele é capaz de induzir o ser humano a modificar sua realidade." Friedrich Nietzsche (1844?1900).
 

Professora Gisele Leite

Diálogos jurídicos & poéticos

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A fome é a dura realidade de mais de oitocentos e cinco milhões de pessoas em todo mundo. Sofrem privação de alimentos e, geralmente, permanecem em estado de subnutrição. Nosso país, somente saiu do Mapa da Fome, recentemente, em 2014. Os estudiosos no tema, denominam a situação como sendo "segurança ou insegurança alimentar".

Em todo mundo, cabe o monitoramente da Fome a ONU e seus orgãos acessórios como FAD (Organização para Alimentação e Agricultura), o FIDA (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola) e PMA (Programa Mundial de Alimentos). De acordo com a ONU, a segurança alimentar só existe quando todas as pessoas, em todos os momentos, possuem acesso físico, social e econômica a alimentação suficiente, segura e nutritiva que satisfaça suas necessidades dietéticas e preferências alimentares para se ter uma vida ativa e saudável.

Convém lembrar que a subnutrição em crianças afetam igualmente seu desenvolvimento mental e, atinge diretamente a aprendizagem.

Com a pandemia de Covid-19, com a crise econômica, queda de empregos e inflação no custo da cesta básica, a fome fica ainda mais assombrosa. Segundo dados do IBGE o atual índice de desemprego abarca cerca de quatorze milhões de brasileiros, o que corresponde a quase trinta por cento de toda população brasileira em idade ativa.

O pior período para o Brasil foi a década de oitenta, quando cerca de quarenta por cento da população brasileira vivia em extrema pobreza. O nordeste é a região onde o problema da fome é mais grave, seguida da região Norte.  Somos um país agraciado pela natureza e por uma agricultura muito desenvolvido, então os índices da fome são constrangedores, principalmente, porque a maior parte dos produtos agrícolas serem objeto de exportação, bem como o drástico resultado da desigualdade social oriunda da má distribuição de renda e, ainda, somado a outros agravantes, como seca, inundações, destruição de lavouras provocadas por pragas e outros desastres naturais. Convém sublinhar um dado preocupante é que as pessoas em situações graves de fome no que tange à faixa etária, em 2013, as situações mais graves de fome eram encontradas entre crianças de zero a quatro anos (4,8% do total) e, entre cinco a dezessete anos (5% do total).

Já quanto à etnia, os brancos são menos afetados do que os negros e pardos, bem como os amarelos e indígenas(estes, os mais afetados). Lembrando que a fome afeta ainda mais severamente a população com baixa escolaridade. O que nos faz compreender, que a educação pode significar diminuição nos índices de fome no Brasil e no mundo.

Segundo dados da Unicef divulgados em 2018, o número de crianças que morreram de fome em todo o mundo foi de 3,1 milhões, o que significa que, em média, 8,5 mil crianças morreram a cada dia por desnutrição, na prática, pela falta de ter o que comer. a média, uma criança morre de fome a cada 10 segundos, ou seja, enquanto você lê essa matéria, ao menos 12 a 15 pequenos perderam suas vidas simplesmente por não terem a esperança de um alimento em suas mesas.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 15/04/2022
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