Depois de algumas guerras, sobrevivem as versões e as narrativas dos vencedores. Mas, ainda, alguns perguntam, qual é ou foi a verdade? Para onde foram os vencidos, os feridos e, aqueles que pranteiam os mortos em batalha?
Nas trincheiras, ora esquecidas, foram deixados dramáticos vestígios. Lutavam por um ideal? Por uma ideologia arquitetada pelos poderosos e ricos? Ou apenas, eram mais uma massa de manobra a se comportar de acordo com seu contexto social, cultural e histórico. Depois de algumas guerras, apenas sabemos qual regra do jogo prevaleceu, qual estratégia fora mais certeira e, provavelmente, mais desumana e, por isso mesmo, eficaz e plena. Lá fora, uma guerra ou várias se desenvolvem diante da apatia insensível dos demais, que não percebem que tudo, embrionariamente, está interligado. Não vivemos em ilhas isoladas nesse multiverso. Que não há uma única plêiade... mas, sim, várias e difusas e concretas. Precisamos aprender a ter empatia. Precisamos combater o autoritarismo e a autocracia. O autocrata é um demente que se regozija no poder e, brinca com seus títeres, que somos nós, enquanto não acordamos desse torpor de submissão e indignidade. Precisamos sinceramente questionar mais... Desconfiar mais... Nada é o que apenas parece ser... Qual a significância que dormita perigosamente nos símbolos? Nacionalismo? Identidade nacional? Talvez, no fundo, como reles crianças brincando impunemente, procuramos apenas acomodar a dor de existir com a geografia momentânea...e, por isso, pagar-se-á um alto custo. Não acredite em todas as versões apresentadas. Não endosse violências deliberadas. Até ao vencido há de se reconhecer a essência humana cuja medida avaliatória deve ser a preservação da dignidade humana. Se não for assim, estamos na arena como gladiadores, animalizados e, morremos até a última gota de lágrimas, suor e sangue. Ou até quando a gota de orvalho não mereça ter existido.