Chronos era um titã também chamado de Aeon (significa eternidade) e, na mitologia grega representava o tempo eterno e imortal. Governava como soberano toda a cronologia dos deuses imortais. Era o mais jovens dos titãs, porém, era também representado como um velho, o Senhor do Tempo. Filho de Gaia e Urano (Terra e o Céu), não era apenas o rei dos titãs mas a representação do tempo em sentido mais destrutivo, pois o tempo a tudo devora. Esse titã serviu de inspiração para criação da figura de Chronos, na seita órfica, ao qual chamava de "deus primordial do tempo". Cronos castra o seu pai, a pedido de sua mãe Gaia, tornando-se, assim o Rei do Céu. Desde então, o mundo passou a ser governado por uma linhagem de titãs que, de acordo com Hesíodo era a segunda geração divina. Chronos temia a profecia de que seria destronado por um de seus filhos. E, por essa razão, ele engolia seus filhos tão logo saíssem do ventra da mãe. Trata-se de alusão ao tempo que gera mas, também devora, a cada segundo que termina, se inicia um novo. Kairós era representado sendo o oposto de Chronos, pois era lépido e despreocupado, não dava atenção ao tempo cronológico, nem calendários e relógios. Era o deus do tempo oportuno. Era um jovem que andava nu, possuía asas nos tornozelos e nos ombros. E, só tinha uma única mecha de cabelo que caía sobre sua testo, ao pasa que sua nuca era calva. Essa única mecha de cabelo nos remete ao caráter instantâneo do tempo que só pode ser agarrado com muita perícia. Pois depois de passado o tempo, não há mais como apreendê-lo. Kairós é muitas vezes colocado como filho de Zeus e Tique, conhecida por ser a divindade da prosperidade e da fortuna. Atualmente, seguimos o tempo de Chronos que é tão amendrontador pois tememos ser devorados por ele. Já Kairós se refere a qualidade do tempo vivido, tempo presente em momentos especiais que não pode ser mensurado, posto que seja divino. Só existe atraso no tempo regido por Chronos e, jamais, no de Kairós.