Sua palavra descreve a cena.
Substantivos e adjetivos atuam em crochet.
Tecem o pano de fundo.
E, tudo parece tão clichê!
Olhos esbugalhados tentam abarcar
toda realidade.
Não cabe.
Parecem estar de ressaca.
Sobra dos lados, tantas múltiplas realidades.
Ímpares, singulares e desconexas.
A razão fugidia percorre silente o destino.
Medita sobre a lógica.
Transcende a dialética.
E, desagua na matemática.
Poética e minimalista.
A violência como linguagem,
como dialeto proficiente.
Substitui o verbo pelo ato.
E, o ato pela compulsão.
E, a semântica pela mecânica.
Vantagens?
Desvantagens?
Um oceano de horrores e iniquidades.
Onde instintos contemporâneos
percorrem a caverna tech.
Mas, então, o mito morreu.
A luz apagou-se.
Imersa em trevas, o rio secou.
A lágrima não verteu,
mas, a primavera feneceu em diversidades.
No réquiem da margarida
O infinito, ora finito
Traduz a palavra insana
guardiã da última gota de civilidade.