Poderia ser sua mãe. Poderia ser sua irmã. Ou irmão. Primo ou até avô. Poderia ser simplesmente um amigo ou amiga. Não importa, somos todos humanos. Temos fragilidades em comum, em nossas veias navegam sangue, em nossa face, os traços podem ser comuns ou muito diferentes. Pouco importa, a quantidade de melanina da pele, a cor dos olhos ou dos cabelos. Se são lisos ou encaracolados. Se estão curtos ou longos. Somos todos seres humanos. Iguais em sentimento, todos precisamos de pão, de água, de calor contra o inverno severo. Precisamos de afeto e respeito. E, de paz. Fundamentalmente, precisamos de paz.
A guerra é decidida pelos poderosos mas, imola os mais necesssitados. O saldo representa a orfandade de crianças e adolescentes, a viuvez de mulheres aflitas e perdidas. Famílias fragmentadas e mal-baratadas numa fuga urgente para algum lugar onde se possa ter paz e sobreviver. Sem ser ameaçado por bombas, tiros, metralhadoras ou mísseis. Poderia ser um de nós. Ou todos nós... Mas, se não existirem as mãos abençoadas que ajudam, os voluntários que socorrem, os médicos a curar mazelas e feridas ou o sacerdote a encomendar nossas almas e a semear esperanças. Precisamos de sementes de girassóis, para nos orientar para o astro-rei, que na verdade é uma estrela de quinta grandeza. E, no reino iluminado da manhã, acreditar que a guerra irá ser apenas imaginária, enquanto a humanidade aprende a viver em paz e, progredir com dignidade. Afinal, assim, talvez poderemos salvar um mundo...