Nada faz sentido.
O vetor sofre de desvario.
A retórica quase desmaiada
se esvai
pelo chão,
pelos ralos,
pelos túneis do tempo.
Há estórias anônimas.
Há histórias notórias.
E a imensa ignorância em interpretá-las.
Não há apenas três caminhos.
O da direita, o da esquerda e do meio.
Há uma miríade de caminhos.
Pensamentos infinitos e estrelas que
se confundem com o sol.
Nada faz sentido.
Um oceano de paradoxo
Fazem de náufragos, sobreviventes.
Fazem das medusas, mitologia impressa
em águas-vivas.
Em silêncio, o marulhar das ondas
revelam segredos, degredos e fantasias.
Nada sentido.
Santidades e vulgaridades.
A palavra dita.
A palavra escrita.
E, essa sensação do fonema engasgado.
Triturado pela racionalidade maldita.
Nada faz sentido.
E, eu aqui com meus poemas
perdida entre infinitos e asfalto.