A falta de consciência de preservação ambiental, os índices pluviométricos crescentes, encostas, morros, rios, lagos e assoreamento de nascentes, rios, riachos e, também, a falta de política pública habitacional, a falta de gestão pública em crises sanitárias, econômicas, sociais e, naturais. Coloque todos esses ingridientes juntos no mesmo caldeirão da realidade e, então, obtemos um resultado nefasto de providências burocráticas e tardias. Estamos em ano eleitoral. Obras subterrâneas e menos visíveis não são prestigiadas. A sanha ideológica bipolar e estúpida continua a dividir cidadãos que insanos não percebem que são apenas massa de manobra. As vezes, a lucidez dói mais a miopia. Mas, há ainda tempo para acordar. Amanhã será outro dia... E, "você irá pagar caro por cada lágrima do meu pesar"... Desculpe, Chico Buarque, mas certos refrões ficam tatuados no inconsciente. Cinco crianças encontradas mortas, todas de mãos dadas. Morreram completamente soterradas pela enchente em Petrópolis. Famílias inteiras dizimadas. Cidadania envergonhada. O quanto precisaremos esperar para entender a importância de políticas efetivas que procurem enfocar na preservação da dignidade humana? Vivemos um rotundo funeral nacional. Enquanto isso, no xadrez político, observamos na plateia, a indiferença, o negacionismo e, sobretudo, a desumanidade. Até quando?