Não bastasse o coronavírus matar muita gente. Inventamos ainda a possibilidade de guerras... A Rússia segue numa perspectiva de invadir a Ucrânia. Em meio a ferrenha troca de acusações, os Estados Unidos afirmam que existe iminente ameaça de Moscou a Kiev e, já enviaram mais de oito mil soldados para a Europa Oriental.
O governo de Valdimir Putin, por sua vez, nega a dita possibilidade de ataque e, ainda acusa Washington de tentar catapultar seu país à gueera contra a Ucrânia. A fronteira entre as duas nações, já acumulou, nesse momento, mais de cem mil soldados russo, o que fez a soar todos os alarmes de vários Ministérios das Relações Exteriores ao redor do mundo, que já cogita francamente sobre a possível guerra.
Seria essa guerra uma concorrência desleal com o coronavírus?
Nesse imbróglio, a principal exigência do governo russo é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não irá aderir à OTAN, uma aliança defensiva composta de trinta países liderada pelos EUA. Afinal, com razão, Moscou enxerga nessa possível adesão uma séria ameaça à segurança. Afinal, a Ucrânica é considerada a fronteira ocidental da Rússia. Ainda se cogita na existência de uma guerra híbrida composta de vários mecanismos tecnológicos capazes de acirrar os ânimos.
E, uma das acusações é de que o Kreelin estaria por trás de ataque cibernético que afetou dezenas de sites
ou sítios oficiais da Ucrânia. Aliás, não é a primeira vez que ouvimos sobre guerra híbrida, pois num episódio recente, aconteceu em 2021 entre a Lituânia e a Polônia (ambas integrantes da União Europeia) e Belarus (aliada da Rússia). E, que resultou na majoração do fluxo migratório de Belarus que praticamente dobrou e, os governos da Liturânia e da Polônia acusaram diretamente a Putin por orquestrar a crise entre os países em respostas às sanções sofridas e impostas pela União Europeia contra o regime bielorusso, liderado por Lukashenko.
Afirmou, na ocasião, o governo lituano que os imigrantes estavam sendo usados como arma política e a Presidente da Comissão Europeia, Ursula Leyen, afirmou que a União Europeia estava enfrentando um ataque híbrido e perigoso.
Melhor é recordar a obra "O Idiota" de Dostoievski, onde ele era capaz de descrever a beleza de um ser humano, um ser comum, porém dotado de uma visão peculiar de todos a sua volta, e que nem obedece aos cânones do realismo, por isso mesmo, se traduz em ser um ser fantástico. E, que mescla semelhanças com Cristo e Don Quixote. Pelo menos, a batalha contra o moinho era poética...
Diante da pandemia de coronavírus deveríamos mobilizar forças e inteligências em salvar vidas, em proteger dignidade humana e, não em ataques territoriais e políticos. Enfim, sinto-me completamente idiota diante do cenário internacional que poderá afetar muitos países além do Velho Continente.