Contemporaneamente, a cor verde é relacionada à natureza e ao meio ambiente. Em face da clorofila que é pigmento fotossensível que atribui às plantas seu tom verde fresco e tão peculiar. A história do pigmento verde é rica e repleta de desafios. Pois, foi extremamente difícil de ser desenvolvido e manufaturado, uma vez que alguns de seus pigmentos eram muito venenosos. No Egito Antigo, a cor simbolizava regeneração e renascimento e, usavam a malaquita, o mineral de cobre para pintar as paredes de tumbas, porém, o procedimento era dispendioso e o material oxidava rapidamente. Já o romanos, começaram a mergulhar placas de cobre no vinho para criar o "verdete", um pigmento que surgiu com o desgaste do metal. Esse pigmento, posteriormente, foi usado por monges durante a Idade Média e servia para colorir os manuscritos, a criação de mosaicos, afrescos e vitrais. Na era medieval, as cores de vestimentas assinalavam a profissão e a classe social de cada cidadão. A realeza usava vermelho, enquanto que o marrom e o cinza era cores da plebe. Os mercadores, banqueiros e a burguesia tinham suas vestes em verde. Alguns historiadores acreditam que foi o pigmento verde responsável pela morte de Napoleão Bonaparte em 1821, pois o quarto do imperador tinha as paredes pintadas no tom Verde Scheele. Em 1775, foi o químico sueco Carl Wilhelm Scheele que criou o pigmento inorgânico e era também usado em tintas a óleo, apesar de ser altamente tóxico por estar ligado ao arsênico. Sim, ainda desejo ver o verde em toda parte, apesar da crescente falta de conscientização da importância da preservação do meio ambiente. Na obra intitulada "Verde. História de uma Cor" do historiador francês Michel Pastoureau, depois de preto e azul é a vez da cor verde a nos contar a multifacetada história da humanidade.