Vivemos tudo
até o último momento.
Até o último sino tocar.
Ecoando seu metal ao infinito.
Sigo peregrino em minha vasta alma.
Ouço, vejo, sinto e percebo semânticas
a todo instante.
Há uma fome de sentido.
Precisamos o tempo todo entender o motivo.
Perdoar a exceção.
E, acatar a regra como se fosse um mantra.
Vivemos intensamente.
A lágrima, o sal e angústia de existir
Condenado a ser livre,
a fazer escolhas e, temperar perdas
com ganhos.
Num capitalismo afetivo estranho e
extraordinário.
Temos gostos peculiares
Sentimentos próprios
Repleto pelos oceanos de dúvidas
e ondas de paradoxos.
Entre frestas e incertezas
escapa o infinito...
a possível morte,
o possível fim,
a palavra dita pela metade,
o olhar corrompido e,
a mão que afaga
é a mesma que asfixia.