"Quando olhastes bem nos olhos meus. E, o teu olhar era de adeus"... A culpa é da música. Fico a lembrar nossa despedida, repleta de olhares e, tão carente de palavras. Como explicar o fim do amor? A extinção do afeto, e até, quem sabe, algum ressentimento. No flash da memória está arquivado o último olhar, tão plácido e comovente. Cientificamente, está comprovado que a música ativa diferentes funções cerebrais e, pode gerar tanto prazer como dor e, nossa favorita melodia pode nos fazer mergulhar em profunda nostalgia. Neurologistas norte-americanos revelam que um estudo com imagens de ressonância magnética mostram o mapa da atividade cerebral com vinte e um voluntários que ouviram diferentes tipos de música, incluindo-se rock, jazz, rap e música erudita. Outra pesquisa publicada na Revista Scientific Reports, liderada por Robins Wilkins da Universidade da Carolina do Norte constatou que os padrões nas imagens de ressonância magnética eram muito similares, apesar de haver preferências musicais diferentes. Tais conclusões nos permitem entender o porquê os estados emocionais e mentais comparáveis podem ser experimentados pelo ouvinte de música tão diferente, como o quem escuta Beethovem e Eminem. E, o pesquisador Jean-Julien Aucouturier, do Centro Nacional de Pesquisa Científica em França, destacou que o estudo vem completar a teoria sobre o processo onde a música afeta diretamente o funcionamento do cérebro humano. "Apesar de você. Amanhã há de. Outro dia. Você vai ter que ver. A manhã renascer. E esbanjar poesia". Sim, vamos esbanjar e, construir resiliências e empatia, pois amanhã, afinal, será outro dia!.
P.S.
As músicas citadas são: "Atrás da Porta", de autoria de Francis Hime e Chico Buarque. E, a segunda é
"Apesar de Você" de autoria de Chico Buarque.