A verdade que o tema felicidade surge tão frequentemente em tantos lugares e ramos do conhecimento humano que chega ser recorrente e até banal. Filosoficamente, todos os homens procuram ser felizes, mas seu significado é complexo e mutante. No enigmático sorriso da Mona Lisa de Leonardo Da Vinci, ficamos em dúvida, se ela está feliz ou não. Afinal, o que é ser feliz? Felicidade existe mesmo? Na contemporaneidade, há uma mar de informações e tecnologias e, então, o trajeto para ser feliz deve ter se tornado mais íngrime. Por vezes, intimamente nos questionamos é melhor ser feliz ou ser livre? Enfim, o que me preocupa é que a infelicidade do outro nos afeta, pois somos animais sociais e políticos. E, não vivemos na Ilha de Calipso onde tudo é perfeição. Presumo que há um indício de felicidade, em aceitar imperfeições próprias e alheias. Talvez jamais compreenderemos quem fisgou o Leviatã... o que simboliza um poder contrário ao de Deus, e certamente, sucumbirá, no juízo final. Provavelmente, ser feliz é ter momentos simples que satisfaçam a natureza humana e, nos deixem em paz conosco e com a maioria dos demais. Lembrando que certamente não agradaremos a todos. Interessante é frase do poeta espanhol Antonio Machado: "Caminhante, não há caminho, faz-se caminho ao andar". O que nos dá a noção de que todas as pessoas possuem a possibilidade de viverem felizes com suas escolhas. Mas, lembremos, toda escoha implica em perda. Talvez ser feliz seja saber apenas avaliar perdas e danos.