Discursos que duelam.
Olhares que esgrimam.
Corpos que detonam
mísseis de adrenalina.
Palavras que disputam atenção
e gritos que compõe a trilha
sonora do desespero.
Violências sub-reptícias
no embate diário.
Onde não se dorme.
Onde não há descanso.
Há ironias e farpas
dilacerantes de ódio gourmet,
raiva requintada
flutuando nas bolhas de champagne ou
da água mineral com gás
E induzindo a embriaguez necessária
e anestésica.
Para encobrir ferimentos,
chagas e dores substituindo por outros
incômodos.
Substituímos a dor cerebralina
pela estomacal.
A agressão comezinha apenas
pelo lirismo incidental.
Todas essas guerras implícitas.
Abreviadas na semântica
do olhar oblíquo.