"O conhecimento é o mais potente dos afetos: somente ele é capaz de induzir o ser humano a modificar sua realidade." Friedrich Nietzsche (1844?1900).
 

Professora Gisele Leite

Diálogos jurídicos & poéticos

Textos


Sobre Hamlet

A tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca foi escrita entre 1599 a 1601 e conta a história do príncipe que tentou vingar a morte de seu pai que fora executado por seu irmão, Cláudio, vindo em seguida, casar-se com a rainha. Toda a peça percorre uma trajetória ora dentro de uma concreta loucura e, ora numa loucura fingida. E, aos poucos Hamlet padece de um sofrimento opressivo à raiva fervorosa e, explora detidamente a traição, a vingança, incesto, corrupção e, debate intensamente sobre a moralidade.

Há, pelo menos, três versões da mesma peça de Shakespeare e que sobreviveram até hoje em dia, e são conhecida como Primeiro Quarto, o Segundo Quarto e o First Folio (Primeiro Folio). E, cada uma das versões possui mesmas cenas onde estão ausentes em outras. Cogita-se que o autor escreveu a peça lastreado na lena de Amleto que fora preservada no século XIII pelo cronista saxão em sua obra intitulada "Feitos dos Danos" e, mais tarde, retomada por outro autor François Belleforest no século XVI e, na suposta peça conhecida hoje como Ur-Hamlet. A peça em face de sua intensa dramaticidade pode ser analisada, interpretada e debatida por diversas perspectivas.

E, muitos estudiosos ficaram intrigados com a hesitação de Hamlet em matar seu tio, o assassino de seu pai. Mas, tal hesitação pode ser o resultado da enorme pressão exercida por complexas questões que vão da ética, passam pela filosofia e, desaguam na metafísica.

Afinal, uma vingança a sangue frio esbarra no caráter de personagens como Ofélia e Gertrudes. Hamlet é a peça mais longa e, provavelmente, a mais trabalhosa e, se consagrou como uma das mais influentes tragédias na língua inglesa e também uma das mais populares.

Sobre Hamlet já foram escritos mais de oitenta mil volumes, e muitos foram influenciados por ela tal como Machado de Assis, Goethe, Dickens, James Joyce e, ainda, por ser considerada por muitos críticos e artistas de todo planeta.

Além do próprio Hamlet, é Polônio que é conselheiro-chefe de Cláudio. Que forneceu preciosos conselhos, cada vez mais contemporâneo: “Não expressar tudo que se pensa, ouvir a todos, mas falar com poucos. Ser amistoso, mas nunca ser vulgar. Valorizar amigos testados, mas não oferecer a amizade a cada um que aparecer a sua frente. Evitar qualquer briga, mas se for obrigado a entrar em uma, que seus inimigos o temam. Usar roupas de acordo com a sua renda, sem nunca ser extravagante. Não emprestar dinheiro a amigos, para não perder amigos e dinheiro. E, por fim, ser fiel a ti mesmo, e jamais serás falso com ninguém.” Conselhos absolutamente lógicos, coerentes. É a primeira vez que a sabedoria é sintetizada em alguns versos. É a primeira vez que alguém diz o princípio que no futuro se transformará na gênese da autoajuda: “Seja fiel a ti, que você será fiel a todas as pessoas.".

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 18/11/2021
Alterado em 18/11/2021
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