À imagem e semelhança bviw
Era uma sociedade heterogênea onde viviam o rei, o mendigo, o monge, o mercador e o camponês. Durante da Idade Média cristã ocidental que ocorreu do século XI ao XV, havia a convicção da existência universal e eterna de um modelo humano. Onde havia o predomínio da religião, que pairava acima de tudo, mesmo da mais alta expressão da ciência, prevalecendo, no máximo, a teologia. Para os clérigos havia uma proeminência, não raro eram os principais conselheiros de reis , da nobreza e também, dos senhores feudais. A antropologia da época definiu a pessoa humana como uma criatura de Deus, e segundo o livro do Gênesis, do Velho Testamento, no sexto dia da criação, Deus fez o homem e conferiu-lhe, explicitamente, o poder de dominar a natureza, flora e fauna, que lhe forneceriam o alimento. Por essa razão, o perfil do homem medieval está vocacionado a ser o senhor de uma natureza dessacralizada, da terra e dos animais. A partir daí, dois seres habitam nele: o que foi feito "à imagem e semelhança de Deus" e o que, tendo cometido o pecado original, foi expulso do paraíso terrestre e condenado ao sofrimento. Rezemos e nos regozijemos.