Durante  jogo da vida sofre-se a angústia existencial de ser o único a responder por decisões cruciais tomadas ao longo do tempo. As relações conjugais na contemporaneidade são muito complexas, há dois seres humanos, ricos e independentes e, portanto, toda a conjugalidade chafurda num oceano profundo de complexidades de paradoxos. A dialética que compõe o casamento é imbricada e tortuosa. Pois, como já afirmou Caetano Veloso, "de perto ninguém é normal". Temos que aliar intimidade, proximidade e empatia e, ainda, dividir atenções com filhos e o resto da família. O cinema pode produzir muitas imagens úteis para entender os casais, como em "A Dama e o  Vagabundo" que dividem o macarrão. Outro casal icônico foi "Sam e Moly" no filme intitulado "Ghost: Do outro Lado da Vida" onde  a comunicação e a união do casal superaram até a morte. Também, podemos lembrar Jack e Rose em "Titanic", um amor impossível, de diferentes castas sociais e, finda como o naufrágio do Titanic por causa do iceberg. Mas, confesso minha preferência taxada de infantil por Shrek e Fiona  tão verdes e homogêneos que traduzem um autêntico amor pueril baseados em superação das diferenças.