Ser homem no mundo contemporâneo é um desafio constante. Principalmente, se visitarmos o famoso senso comum e, ainda, atender as provocações da filosofia e sociologia. A premissa de ser homem calca-se numa identidade, inicialmente de fatores inerentes e natos. Logo nos socorrem os típicos adjetivos legados ao homem, tais como valente, viril, dominador, racional e, finalmente, animal social, instintivo e selvagem. No campo semântico, homem nos remete a outros verbetes tais como hombridade, masculino, masculinidade, macho, viril, varão e varonil. De qualquer forma é substantivo masculino que a priori designa mamífero típico da espécie humana. Quanto a questão de gênero, surgem novas perplexidades, pois há a identidade biológica e corpórea e a identidade psíquica e íntima. E, podem increvelmente serem díspares. Sinceramente, conheço vários homens de alma feminina e, que ainda por cima, são héterossexuais. A designação de "macho" já carrega um peso pejorativo e também possui peculiares adjetivos e identificações que desumanizam o indivíduo. O macho não chora, não se arrepende e, jamais pede perdão. Enfim, o homem é um ser de infância longa, de amadurecimento incerto e, tende a ser exigido muito além do que realmente é capaz de suportar. Se eu fosse um homem, acho que seria ainda mais esquisita do que já sou...