Ella já contava alguns meses com um incômodo persistente no olho direito. Acreditava que a falta de um óculos corretivo atualizado. Afinal, fazia mais de dois anos do último exame. Chegou a Clínia de Olhos e, seu coração intimamente já sabia que as notícias não seriam boas. Quando chegou sua vez, gritaram num microfone seu nome e indicaram o consultório. O número três. Adentrei ao consultório e, a filha de Ella também. Começaram novos exames. Mais profundos e delicados. Fundo de olho, mensura de pressão óptica e, etc... Ao final, depois de quase uma hora de investigações ciosas... O veredicto foi exarado pelo médico oftamologista. Um descolamento de retina provocara a mosca volante, que é ponto preto dentro do olho. Depois, a catarata que é quando o vítreo também descola. Normalmente, tais doenças acontecem por excesso de idade, mas podem também ser genéticas. Ella, ainda aflita, perguntou por tratamento. E, o médico vaticinou: apenas cirurgia. Embora que nesse momento de pandemia de coronavírus não seja recomendável. Sugeriu que Ella aguardasse mais um ano... Ella, reclamou da dor que sentia depois de algumas horas de leitura ou escrita... E, o médico em tom frio como iceberg, afirmou que deveria reduzir o uso contínuo dos olhos... Enfim, Ella estava fadada a conviver com essa lascinante dor no olho. Pediu o diagnóstico por escrito, prescreveu ainda um colírio para ressecamento dos olhos... Intimamente, pensou que precisava ver mais algumas coisas para se despedir e arquivar na memória as imagens.