Estamos descendo ladeira abaixo. E, não somos acrobatas, somos amadores na arte de cair e se levantar. No cenário político, vivenciamos a grave ameaça de golpe de Estado e, até mesmo a eliminação das eleições de 2022. Estamos descendo ladeira abaixo, no desgoverno federal num momento de grave crise sanitária, e a CPI da Pandemia descobre boquiaberta esquemas de corrupção e de compra de vacinas e, ainda, incentivos à farta produção de remédios sem comprovada eficácia científica no combate ao coronavírus. Nos ministérios, assistimos uma dança das cadeiras incessante. Porém, não antes de ouvir pronunciamentos bizarros e insensíveis. Repletos de falta de empatia e desrespeito ao óbito de mais de meio milhão de brasileiros. O que nos resta é ser a plateia de um show de horrores. Infelizmente. Pretende-se o retorno medieval ao voto impresso, alegando ser auditável. Porém, o voto eletrônico que o elegeu, também é auditável, além de ser seguro. Tudo não passa de uma estratégia de contenção. E, como sua popularidade despenca fervorosamente, a solução é eliminar a eleição vindoura, perfazendo uma estratégia de permanecer na Presidência da República. Apesar disso tudo, rogo ainda que tenhamos esperança em dias melhores e, que possamos ter solidariedade com o próximo. Frisando que qualquer ditadura, seja de direita ou esquerda, não presta.