Salve o Dia do Escritor
Escrever é, antes de tudo, uma transgressão. É libertar-se pelas palavras fincadas num papel concreto ou virtual. Escrever é catar e coroar a migalha que é fragmento poético, do "pão nosso de cada dia", é cruzar o cotidiano e pegar um pingo, uma gota ou molécula de aprendizagem.
É ter um olhar atento, em foco na realidade e, ainda, descobrir uma beleza quase que diária. É decifrar o enigma da esfinge. Também escrever num momento como esse, de crises tão agudas, nos faz questionar, se somos úteis ou inúteis e se você proporciona alguma nesga de esperança.
Aproveito para fazer uma indicação de leitura da nova obra de Leandro Karnal, com um título belíssimo: "A coragem da esperança".
Escrever é, portanto, além de um grande transgressão, é ousar ter esperança. É abrir a caixa de Pandora e ter a coragem de enfrentar a realidade, por mais dura que ela seja, para que sejamos capazes de superá-la. É resgatar métodos de sobrevivência. Mas, de sobrevivência com dignidade. Precisamos exercer a solidariedade e ter empatia. Mantenham o distanciamento social, evite aglomerações e vacinem-se.
Um grande historiador, em certa feita, dizia que as grandes tragédias do mundo, servem para selecionar os fracos dos fortes. E, Charles Darwim afirmou que: " Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças. É tão natural destruir o que não se pode possuir, negar o que não se compreende, insultar o que se inveja". Será vencedor o mais adaptável, eis aí que nossa resistência e resiliência que fará toda a diferença.