O gato é associado desde tempos imemoriais com os poderes do sobrenatual e o metafísico. É considerado o mais mágico de todos os animais. Aliás, os felinos geralmente exibem sua natureza enigmática, e foi considerado um animal sagrado em muitas civilizações, especialmente, no antigo Egito, onde foi elevado à categoria de divindade (Bastet) . Era considerado um símbolo lunar, consagrado às deuses Ísis e Bast, esta última divindade com corpo de mulher e cabeça de gato.
Nas práticas ocultistas, considera-se o gato um excelente doador de magnetismo animal, fluído vitalizador que, em certas circunstâncias, pode ser absorvido pelo homem em seu benefício.
Outras correntes atribuem também ao gato a capacidade de absorver detritos ou escórias energéticas eliminadas pela presença humana, detritos esses que podem permanecer no meio ambiente, contaminando-o.
Esotericamente, o gato é símbolo de vigilancia e de proteção. Em templos budistas da Tailândia e, em outros países do Sudeste asiático, a presença do gato é constante.
Atuariam, segundo crença local, não apenas como purificadores do ambiente espiritual, mas também como guardiões sempre atentos contra a penetração de entidades maléficas provenientes de planos existenciais sutis. Na moderna psicologia, o gato é um dos símbolos ligados ao princípio ou força feminina, ao mundo onírico e irracional.
Os sistemas simbólicos como instrumentos de conhecimento e de comunicação exercem um poder estruturante porque são, realmente, estruturados pois pautam valores e comportamentos. O poder simbólico é um poder de construção da realidade que tende a estabelecer uma ordem gnosiológica, ou seja, o sentido imediato do mundo, particularmente, o mundo social.
Os sistemas simbólicos distinguem-se, fundamentalmente, conforme sejam produzidos e, simultaneamente, apropriados pelo conjunto do grupo ou, pelo contrário, produzidos por um corpo de especialistas e, mais precisamente, por um campo de produção e de circulação relativamente autônomo, quando ocorre a história da transformação do mito em religião (ideologia) não se pode separar da história da constituição de discursos e de ritos religiosos.
As ideologias devem a sua estrutura e as funções mais específicas às condições sociais da sua produção e sua circulação, isto é, as funções que estas cumprem, em primeiro lugar, para os especialistas em concorrência pelo monopólio da competência considerada religiosa, artística e, etc. e, em segundo lugar e, por acréscimo, para os não-especialistas.
Os gatos nos fascinam porque são independentes, e podem efetivamente melhorar sua saúde e, além de serem excelentes caçadores e muito leais.
O gato doméstico é denominado Felis catus, por Linnaeus. Já Screber chamou o gato selvagem de felis silvestris ainda em 1775. Segundo o Código Internacional de Nomenclatura Zoológica o nome da espécie é felis catus, mas tal taxonomia ficou restrita apenas as formas domesticadas. Há registros encontrados no Egito Antigo, como gravuras, pinturas e estátuas de gatos, indicam que a relação desse animal com os egípcios data de pelo menos cinco mil anos.
Elementos encontrados em escavações indicam que, nessa época, os gatos eram venerados e considerados animais sagrados. Bastet (Bast ou Fastet), a deusa da fertilidade e da felicidade, considerada benfeitora e protetora do homem, era representada na forma de uma mulher com a cabeça de um gato e frequentemente figurava acompanhada de vários outros gatos em seu entorno.