Você não está só.
Não estamos mais sós... do que antes ou do que sempre... Sempre estivemos encarcerados no egoísmo patológico ou na egolatria espúria e indecente. Não, a solidão se materializa por falta de empatia, por falta de afetos, por falta de entender os outros e, quiçá até a si mesmo. Desumanizando-se, constantemente, pretendendo ter a perfeição da máquina, o acerto do algoritmo ou a reles necessidade de vencer sempre sob quaisquer condições. Vivemos sob uma enxurrada de comunicação, informações, dados sensíveis e outros estáticos. Nossa capacidade de interpretação está afetada pela fragilidade produzida por nossos medos. Medo do contágio do vírus, medo da morte... medo de adotar atitudes racionais para enfrentar um vírus invisível... Há um descortinar que é revelador de pessoas, situações e valores. Precisamos seguir regras sanitárias, preservar o próximo, mesmo que se distanciando... mesmo que escondendo parte do rosto com a máscara... Mas, não precisamos esconder nobres intenções, solidariedade e, a inexorável afinidade que temos. Somos todos humanos. Falíveis, imperfeitos e, sobreviventes enquanto entendermos a seleção natural... não é o mais inteligente nem o mais forte, é aquele que melhor se adaptar as condições mesmo que adversas... E, que saiba ao final de tudo extrair alguma aprendizagem para inserir no arsenal de sobrevivente. Compreendendo as fragilidades, seremos capazes de construir fortalezas e, abrigar a todos... basta apenas fé e esperança no cimento da humanidade.