O homo sapiens perdeu o controle. Desde 2016 quando triunfou o pacote neoliberal do individualismo, os direitos humanos, as democracias e o livre mercado repaginou o significado do homo sapiens. E, a ciência do século XXI vem solapando os alicerces da ordem neoliberal.
Afinal, como a ciência não trata com questõse axiológicas, a ciência não está apta a determinar se os neoliberais têm ou não razão ao valorizar a liberdade em detrimento da igualdade. Ou até valorizar o indivíduo em detrimento do coleitvo.
Como qualquer outra religião, crença ou ideologia, o neoliberalismo também acredita em declarações factuais, afora os juízos éticos abstratos. Porém, algumas declarações factuais não sobrevivem a um escrutínio científico rigoroso.
Os neoliberais conferem enorme valor à liberdade individual e, acreditam piamente no livre-arbítrio. Evidentemente, as pessoas são influenciadas por forças externas, eventos casuais, no entanto, ao final e ao cabo, cada um de nós pode acenar com a mágica liberdade e tomar as rédeas das decisões.
O neoliberalismo prossegue a dar importância e voz aos eleitores e consumidores e nos instrui a atender ao nosso coração, e perseguir justamente aquilo que nós faz bem.
Também é livre-arbítrio que trata de conferir ao universo significado, mas, não é possível predizer quais serão suas escolhas, nem deve se confiar em nenhum Grande Irmão que cuide de todos seus interesses e desejos.
O livre-arbítrio não é um juízo ético. E, a contradição existente entre o livre-arbítrio e a ciência contemporânea é, em verdade, um elefante na loja de cristais, alguns preferem não ver quando olham pelo microscópio ou, ainda, quando pesquisam o scanner de ressonância magnética. Enfim, vivenciar o entendimento científico, o determinismo e aleatoriedade deixa uma migalha para a liberdade e, passamos a ser monitorados ora pelo inconsciente e, ora pela velha teoria da evolução.