Sou teimosa
E todos sabem.
Eu escondo, mas sou teimosa.
Tinha um caminho no meio da pedra.
O solo era duro e árduo.
A caminhada era perigosa e desafiadora.
Mas, não desisto.
Fico driblando a escorregadia pedra.
Com a malandragem carioca.
Com o chiado da fonética carioca.
E de braços abertos, tal como o Redentor.
Enfim, abraço o dia.
Vem o sol.
Depois a chuva.
E, ainda, assim vejo
que tinha um caminho no meio da pedra.
Difícil de escalar.
Difícil de esgrimar.
Mas, o bom combate só fortalece.
E, com a força,
recomeçaremos amanhã.
E, depois.
Até que um dia.
Subitamente, a jornada acaba.
As pedras desaparecem.
E, os caminhos infinitos trilhados
ficam como legado, vestígio ou
apenas estórias.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 27/03/2021