Há dores sem limites. Há culpa sem limite. Tanto Eva como Pandora, foram a seu modo, as primeiras versões de mulher a habitar a terra. Sendo que ambas eram ideia e inspiração do criador que as deu vida e o destino de servir ao homem. Eis um limite que a mulher não poderia transgredir. A obediência que Pandora não teve e, abriu a caixa que lhe entregaram... e,  Eva foi mostrada a árvore cujos frutos vermelhos não poderiam ser comidos. A desobediência trouxe catástrofes. Há quem cogite no suposto irracional temperamento feminino. Eis que Eva comeu do fruto do conhecimento e, criou o pecado original que justifica, até hoje, todo o sofrimento humano. Mesmo quando é vítima, a mulher é apontada como culpada. E, com as crianças atingidas, suscita-se, primeiramente, a responsabilidade da mãe. Em movimentos próprios as mulheres tentam e lutam para desmistificar crenças absurdas, se conseguimos que repensem, por outro lado, causamos a ira incontrolável dos frágeis homens que não suportam a verdade de que não devemos nada a eles, nem trabalho, nem filhos, nem acolhimento e, muito menos, sexo. É uma luta sem limites.