A síndrome de FOMO que vem do inglês fear of missing out, o medo de perder algo ou medo de ficar de fora. Trata-se de patologia psicológica que produz o medo de ficar fora do mundo tecnológico ou a não se desenvolver ao mesmo ritmo que a tecnologia. Pesquisas recentes informam que praticamente dois terços do total de usuários de redes sociais no mundo padecem da síndrome de FOMO.
A grande ênfase em se manter atualizado nas redes sociais é proporcional ao medo que se sente ao não poder o fazer em tempo real.
Transforma-se em vício e, segundo essas mesmas pesquisas os homens são mais propensos a ter a referida síndrome do que as mulheres. Entre as causas da síndrome estão, a saber: mau uso das redes sociais; a quantidade excessiva de informação que se maneja em internet e as redes sociais; baixa autoestima; deficit de satisfação das necessidades psicológicas e solidão. Em consequência surgem a ansiedade, a depressão e o medo.
Essa ansiedade social é originada da crença de que outras crenças de que outras pessoas podem estar se divertindo enquanto a pessoa que
está sentido a ansiedade não está presente.
É caracterizado pelo desejo de permanecer continuamente conectado com que os outros estão fazendo. Também é definida a síndrome como medo arrependimento, que pode lever alguém a crer que pode perder uma oportunidade de interação social, uma experiência nova ou um investimento lucraativo. É o medo de que decidir não participar seja uma errônea escolha.
O fenômeno fora identificado pela primeira vez em 1996 pelo estrategista de marketing Dan Herman que conduzira a pesquisa para Adam Bellouch e publicou o primeiro artigo acadêmico sobre o tema em 2000, no The Journal of Brand Management. Que cunhou o termo "FOMO" e o popularizou foi Patrick McGinnis em artigo de opinião de 2004, na The Harbus, a revista da Havard Business School.
Um estudo da JWTIntelligence sugere que o FOMO pode influenciar a formação de objetivos de longo prazo e autopercepções. Constatou-se, neste estudo, que cerca de metade dos entrevistados afirmaram que estão sobrecarregados com a enorme quantidade de informações necessárias para se manterem atualizados e que é impossível não perder algo. O processo de privação relativa cria a FOMO e a insatisfação.
E, reduz sensivelmente o bem-estar psicológico, trazendo experiências sociais e emocionais negativas tais como tédio e solidão. Outro estudo em 2013 descobriu que a FOMO impacta negativamente o humor e a satisfação com a vida, reduzindo a autoestima e afetando a atenção plena.
Quem padece de FOMO tende a buscar cada vez mais o acesso à vida social de outras pessoas e consumir uma expressiva quantidade crescente de informações em tempo real.
As campanhas de publicidade e marketing podem buscar intensificar o FOMO dentro de uma estratégia de marketing. Os exemplos incluem a campanha "Não fique para trás" da AT&T , a campanha Powermat "Fique no comando" da Duracell e a campanha "Sunrise" da Heineken .
A campanha "Sunrise", em particular, teve como objetivo incentivar o consumo responsável, retratando o consumo excessivo de álcool como uma forma de perder as melhores partes de uma festa, em vez de alegar que o consumo excessivo de álcool é um risco à saúde pessoal. Outras marcas tentam se opor ao FOMO, como a campanha "Wake up to life" da Nescafé .
O aproveitamento do FOMO dos telespectadores também é percebido como um fator para promover classificações de transmissão mais altas. As atualizações em tempo real sobre o status e os principais eventos sociais permitem uma experiência de consumo de mídia mais envolvente e a disseminação de informações mais rápida.
Os tweets em tempo real sobre o Super Bowl são considerados correlacionados com classificações de TV mais altas devido ao seu apelo ao FOMO e à prevalência do uso de mídia social.