A história da escrita começa na Idade do Bronze, ao final do neolítico. Trata-se de marco relevante por demarcar a separação entre história e pré-história, dando início aos registros de acontecimentos e da cultura humana. Os vestígios mais remotos de escrita são as Tábuas Tártaras encontradas na Romênia e, bom parte dos símbolos ainda possuem significado desconhecido.
A escrita contemporânea sofreu o severo impacto do uso da internet, conhecendo uma dinâmica vigorosa e o redimensionamento dos estilos literários. Já longe da velha máquina de escrever, as novas tecnologias nos reeditam, principalmente, em tempos de crise. Há praticamente uma nova humanidade e a literatura se reinventa.
A mensagem e a escrita humana desse século é impregnada de paradoxos e sentimentos complexos e, por vezes, obtusos. Primeiramente, pois há um velado pacto autobiográfico que se revela por quem escreve a quem lê, num compromisso de identidade e cumplicidade. E, enfim, o narrador pós-moderno ultrapassa a lógica tradicional e mergulha como suicida na experiência do abismo, declinando daí, novas construções de linguagem e um lirismo prêt-à-porter.
Sobre a minha escrita que é praticamente acadêmica e eivada de verve racional, há um contraponto, pois, por vezes, sou passional ao ponto de apaixonar-me pelo vento, atualmente, a única coisa livre do século, porque o resto, tudo é previsível, ou pelo menos, dejà-vu. Enfim, a escrita humana é a certidão de existência mais palpável.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 28/08/2020
Alterado em 30/08/2020