Com minha escrita pretendo levar reflexão e apaziguamento. Não tenho a pretensão de pacificar ou trazer paz. Aliás, a dúvida é sagrada. Duvidar e divagar é preciso. Viver não é preciso... Não se pode viver e conviver impunemente sem observar o entorno, sem notar as agruras e necessidades alheias. E, principalmente sem entender a dinâmica dos fatos, das ideias e espíritos. Há sentidos e valores antiquíssimos... que se travestem de nova roupagem. Há sentidos e valores renovados que se maquiam de forma moderna e contemporânea. E, ainda, sentimentos e conhecimentos novos e inéditos que nos humanizam mais, que nos equipam de forma poderosa para continuar na árdua tarefa de sobreviver. Mas, é preciso sobreviver com dignidade. Não basta a reles existência humana. Vencer uma etapa ou simplesmente ser um campeão da batalha de Pirro. Há de prover o aperfeiçoamento de todo tecido social, e plantar uma pequena semente de mostarda para mais tarde se ter uma frondosa árvore. Com minha escrita quero trazer um acalanto da esperança. Um olhar aceso pela alegria de não se sentir só. De não se sentir rejeitado e nem alheio a tudo. Passando pelos abismos circunstanciais como se fosse uma plateia morta. É preciso se comover, mover e, principalmente, renovar as crenças. Fortificar os laços de afeto ou de empatia. Enfim, com minha pobre escrita, com uma palavra atrás da outra, quero driblar a sintaxe, fazer troça da semântica e, mergulhar fundo na dialética. Para brincar com a poesia, para rir do lirismo barato e vadio e, por fim, ironizar com a crônica. De quem vê o mundo pelas lentes da consciência e da razão. Mas, sem perder de vista os sonhos, devaneios e, particularmente, a alegria. Cada dia é uma vitória inédita. Cada vida é um portento latente. E, cada palavra é um óbulo para nutrir um coração romântico que envelhece em carvalho a espera de depuração.