Numa pacata e longíqua aldeia em Trás dos Montes chegou a terrível notícia da pandemia do coronavírus, uma Live do Governador informava as medidas sanitárias imprescindíveis e, determinou o fechamento de cinema, igreja e, lugares onde poderia haver encontro, aglomeração e, obviamente transmissão virótica. É, pois, um inimigo invisível mas, nem por isso, menos vigoroso e cruel. Logo, o primeiro caso de uma gripe numa camponesa já causou alarde, e alguns, ponderaram que o Governador adotou as medidas sanitárias de isolamento social com atraso. Todos estavam devastados e apavorados principalmente quando assistiam os noticiários. Como a cidade tinha sua principal atividade agrícola e pecuária, não houve praticamente a possibilidade do famoso home office... Aliás, os portugueses não são afeitos aos anglicanismos, tratam logo de aportuguesar as expressões... Quem podia, realizaria o teletrabalho. Porém, havia um grosso número daqueles que não poderiam abandonar suas funções triviais... Enfim, naquela pequena aldeia, o mundo parece que estacionou em pleno século XVIII. O carro mais conhecido era mesmo o dos bois. Boa parte dos jovens almejavam constantemente emigrar para grandes cidades, tais como Lisboa, Madrid ou Paris... E, outra parte, só desejava que a tal virose não devastassem seus negócios e famílias. Um encontro antecipado com o divino exige muito preparo espiritual e, no déficit de rezas, reverberavam os pecados a nos deixar apenas na alma a culpa e vergonha. A camponesa curou-se da covid-19 mas, reclamou que o nome da doença era muito feio. Concordo!