Quem bate? É o frio... Não adianta bater.. essa propaganda é de 1962, para vender lãs, flanelas e cobertores. Antes dessa propaganda, pelos idos de 1940 o Leite Moça promovia campanhas em que se colocava como alternativa válida e nutritiva para o leite materno, devido ao seu alto teor vitamínico. Outra propaganda dava boa noite, e afirmava não deixa que roubem seu sono, na propaganda do Novo 38 Taurus, cinco tiros. Já noutra propaganda da Nestlé usou um acidente aéreo para vender chocolate meio amargo. Ao assistir as propagandas vários sentimentos surgem desde os nostálgicos, até a indignação e, mesmo, os mais politicamente incorretos, que confia em armas e violência implícita. Mas, a propaganda é a alma do negócio. A história da propaganda brasileira está situada em meados de 1800 quando a mídia televisiva nem existia. Começou com os mascates, ambulantes e tropeiros que foram os nossos primeiros vendedores... quando não existia clientes e, sim, freguês. Até o Tiradentes utilizava panfletos e santinhos para fazer a primeira campanha política para a Independência. Aqui em nosso país, em 1950 com a chegada da televisão assim como o rádio revolucionou a propaganda brasileira. E, até mesmo nos duros anos de chumbo, quando o principal anunciante era o governo. Era emocionante ouvir: Eu te amo, meu Brasil! Muitos slogans foram usados pelos militares para isso. Relembrem alguns: “Ninguém segura este país”; “Pra frente Brasil”; “Brasil, conte comigo” “Você constrói o Brasil”; “Quem não vive para servir ao país, não serve para viver no Brasil”;“Brasil, ame-o ou deixe-o”. Em verdade, quando o Brasil ganhou a copa do mundo em 1970, criou-se uma imagem e identidade entre governo, futebol e nação. Continuamos a ser a pátria de chuteiras. A Pátria de Chuteiras é uma coletânea de crônicas escritas por Nelson Rodrigues que relata importantes momentos vivenciados pela seleção brasileira.