“Esta pobre Constituição Brasileira é uma colcha de retalhos, que já foi estuprada mil vezes”, do livro A República dos Sonhos, de Nélida Piñon. E logo no início, ela adverte: - Cuidado, Eulália, desconfie das palavras. Elas tanto afirmam quanto desdizem. E isto por conta da nossa vaidade.” A obra narra a saga de uma família de três gerações. De certa forma é como ler a história de nosso país, passando pela política, costumes, usos. Trazendo o desvendar do sentimento próprio do imigrante, pouco importante sua nacionalidade, há sentimento comum a todos. É também ler a história da Galiza, seu povo, lendas e superstições. Descobre-se, infelizmente, que o Brasil vem errando há tempo demais. E, até acaba sendo triste. E adiante, confessa; “De que me vale a riqueza de ter duas pátrias, se as duas me querem dividir, ambas me fazem sentir que não pertenço a lugar nenhum”.
Qual a diferença entre o Brasil e a Espanha? Afinal, o brasileiro parece insistir em desconhecer a história de seu próprio país. Os personagens como as pessoas estão inseridas nesse contexto político-social e suas vidas, medos, condutas são influenciados por esses fatos.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 07/04/2020