O protagonista Pedro Rubião de Alvarenga era um professor primário que se tornou enfermeiro e amigo do milionário Quincas Borba. Uma só condição havia no testamento, a de guardar o herdeiro consigo o seu pobre cachorro Quincas Borba, nome que lhe deu por motivo da grande afeição que lhe tinha. "E enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo chorando seria monótono, tudo rindo, cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas, soluços e sarabandas, acaba por trazer à alma do mundo a variedade necessária, e faz-se o equilíbrio
da vida.“ — Machado de Assis, livro Quincas Borba.
Machado de Assis é o autor reconhecido como o introdutor do Realismo no Brasil quando publica "Memórias Póstumas de Brás Cubas", em 1881, romance que é colocado ao lado dos posteriores: Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires.
Quincas Borba foi publicado entre 16 de junho de 1886 a 15 de setembro de 1891 na revista Estação. Segundo estudos literários, esta obra é a continuação do romance que a precede: Memórias Póstumas de Brás Cubas, marco inicial do Realismo no Brasil.
A relação entre ambas está no “humanitismo”, teoria desenvolvida pelo filósofo Quincas Borba (sendo este o “humanitismo” na prática) em Memórias Póstumas e incutida em Quincas Borba. O principal foco narrativo está em terceira pessoa, isto é, o narrador só relata os fatos, sendo imparcial a tudo que acontece, apenas observando os fatos.
A história tem como mote a loucura que é aflorada por meio de processos que tangenciam fatores latentes. O romance é a representação da filosofia criada por Quincas Borba, em que a vida é um campo de batalha e, só sobreviverão os mais fortes. Os fracos e ingênuos, tal qual Rubião, serão os manipulados e anulados pelos mais espertos, a exemplo o casal Sofia e Palha, que no desfecho de Quincas Borba terminam ricos e vivos.