A paixão na humanidade é tão antiga que vem do latim tardio passio -onis, e nos remete ao particípio passado do verbo sofrer. Designa um sentimento intenso seja por uma pessoa, objeto ou mesmo tema. Envolve entusiasmo e um desejo ardente. Não é possível na vida ter apenas uma paixão. É uma pulsão múltipla que naquele momento tudo fica imantado de sacralidade e eternidade. Eu tenho muitas paixões, entre tantas, pela obra de Chopin que nasceu na Polônia e reconhecidamente um dos maiores compositores para piano além de um dos mais expressivos pianistas da história da humanidade... Sua técnica sofisticada além de harmonia incomparável, o coloca ao lado de Mozart e Beethoven. Tenho paixões por animais, cães, gatos, passarinhos...e, até ratos. Recordo-me de um dia, ainda menina, minha avó ordenou-me matar o pobre camundongo que passeiava no quintal... era bem filhote ainda. E, titubiei e o deixei escapar, acusando-o de ser ladino e rápido... As vezes, as paixões passam por nossas vidas de forma célere e discreta. Porém, há vezes que é um furacão ou cataclisma... e, irremediavelmente nos transforma. As paixões nos fazem crescer e prepara o espírito para o futuro, como se fosse um jardim de infância... A tempestade bioquímica da paixão é essencial para a perpetuação da espécie.