Mil razões para ter razão
Investigando o conhecimento humano, o racionalismo afirma que todo o conhecimento advém da pura racionalidade e do intelecto.
E, as experiências práticas, para os racionalistas não possuem valor cognitivo, podendo inclusive enganar-nos e nos passar errôneas impressões. Os racionalistas pregam que as ideias surgem da pura e simples capacidade racional e impulsionam o intelecto, formando os conhecimentos com base nas leis universais da razão.
O racionalismo admite a tese inatista, a qual defende que o conhecimento. A explicação para que uns tenham conhecimentos mais aprofundados que outros é fornecida pelo desenvolvimento de capacidades inatas via exercícios racionais, isto é, algumas pessoas são mais inteligentes, habilidosas ou conhecem muito de determinado assunto porque se esforçaram e exercitaram seu intelecto, descobrindo neste as ideias que sempre estiveram lá contidas.
Enfim, para os racionalistas, a razão é composta por um conjunto de leis universais que forma todo o conhecimento racional, e tudo que está fora deste é conhecimento errôneo. Por basear-se nesse conjunto de leis racionais, essa teoria epistemológica adota a indução como principal método filosófico e encontra na matemática um amparo para a defesa de suas teorias. Filósofos racionalistas, como René Descartes e Gottfried Wilhelm Leibniz, eram também matemáticos. Há mil razões para se ter uma razão.