O gigante de joelhos diante de um ser mínimo. Só visível perante um microscópio eletrônico. A dor é inevitável, porém, o sofrimento é opcional.
Não existe um Monte Sinai para se isolar por quarenta dias. Para receber as tábuas com as regras. Precisou-se de um bezerro de ouro para substituir a divindade. Mas, o que poderá substituir as regras?
Há razões para o isolamento social. A contenção da disseminação do coronavírus. Mas solitude não é solidão. A solitude é momento de reflexão para propulsionar um possível aperfeiçoamento.
A solitude é a capacidade de perceber e avaliar seus valores e suas atitudes.
Sem isolamento não existe autoconhecimento. Lembremos que a diferença entre remédio e veneno é exatamente a dose.
Aproveite esse instante, para aprender, dividir conhecimentos e técnicas.
Para solidarizar-se mesmo que a distância. Para humanizar tudo enquanto espera por Canaã.
Precisamos encontrar o caminho do meio. O equilíbrio do
virtú in medium.
O tortuoso caminho do conhecimento é uma escada sem corrimão. Onde é imperioso o equilíbrio.
Para Aristóteles, a coragem é a capacidade de usar o medo para a ação. somos corajosos e somos responsáveis uns pelos outros. De fato, a regra só tem validade quando não infringe a vida.
Uma lição de Santo Inácio de Loyola: "Rezar como o homem não existisse, e trabalhar como se Deus não existisse". Ou conforme o muçulmano religioso afirma: Confie em Alah e, amarre bem o seu camelo. Faça como o camelo, rumine essas ideias enquanto permanecemos em quarentena.