Infelizmente nem toda dor conhece o alívio, nem todo mundo é amado e lembrado em sua existência humana e tão frágil. Cada vez mais deparo-me com crianças maltratadas, adolescentes tratados como se fosse mercadorias sexuais, idosos vilependiados e ignorados, como se já tivessem mortos. Infelizmente a tolerância com o outro vem abruptamente reduzindo-se, e sem quaisquer explicações razoáveis.
Precisamos salvar a dignidade humana da banalização e do aniquilamento. Precisamos ter empatia. Colocarmos-nos no lugar do outro. Entender diferentes culturas, diferentes crenças, diferentes etnias ou gêneros. Pouco importa as diferenças, se todos nós sangramos, e somos mortais e provisórios.
Pouca importa muito do que é construído, tal como a vaidade. Cultuemos a virtude de entender e defender a simples e inexorável dignidade humana. No próximo dia 08 de março é o dia internacional da mulher, justamente quando as mais recentes estatísticas apontam o crescimento da violência doméstica que muitas vezes culminam em morte e órfãos. Não se calem diante da violência.
Não se calem diante da negligência. A cada ser humano desconsiderado, há um brutal abatimento na humanidade. Simplesmente nos desumanizamos... Para lembrar hoje e sempre. Porque resistir e ter empatia é imprescindível.