"O conhecimento é o mais potente dos afetos: somente ele é capaz de induzir o ser humano a modificar sua realidade." Friedrich Nietzsche (1844?1900).
 

Professora Gisele Leite

Diálogos jurídicos & poéticos

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A caixa de Pandora é artefato pertencente à mitologia greva, subtraída do mito de criação de Pandora,  que fora a primeira mulher criada por Zeus. Em verdade, era um grande jarro entregue a Pandora que continha todos os males do mundo. O principal motivo da criação de Pandora seria de que Prometeu roubou o fogo do monte Olímpo e levou para o mundo humano, contrariando a vontade de Zeus.

Pandora  ("a que possui todos os dons", ou "a que é o dom de todos os deuses") fora criada porém tinha um único defeito, a curiosiade. Zeus criou a caixa ou o jarro porque sabia que um dia, a vontade de Pandora a levaria a abrir a caixa e libertar o mal ao mundo humano, castigando-os pelo fogo que haviam recebido contra sua vontade.

Por culpa da curiosidade humana em querer saber como e o porquê das coisas, que o mundo se tornara um  simulacro de inferno. Muitos mitos de diferentes culturas, tentam justificar os primórdios dos seres humanos e, porque existem coisas ruins tais como doenças, ódios, guerras no mundo.

Em vários itens, tais males foram liberados por que os humanos desobedeceram aos deuses, tais como no mito de Pandora, o que nos aponta que a cuiriosidade que tanto nos incentiva a aprender e explorar, também pode trazer negativos resultados.

O mito que narra a história da Caixa de Pandora enreda-se com a história de Zeus, Prometeu e Epimeteu numa época quando não existiam os mortais, apenas os deuses e os titãs.

Prometeu e também seu irmão Epimeteu eram titãs e juraram lealdade absoluta à Zeus e aos deuses do Olimpo, e ficaram ao seu lado durante a guerra havida entre os titãs. Por recompensa de tal lealdade, Zeus permitiu que Prometeu e EPimeteu criassem as primeiras criaturas para viver na Terra. Epimeteu criou os animais e deu a cada um, uma certa habilidade especial e uma forma de proteção.

Prometeu demorou maior tempo, moldando o homem no barro e na água, e quando terminou, como não havia sobrado nenhuma proteção para dar ao homeme, pois seu irmão havia utilizado todas. Promoteu atinou que o homem precisava de algo para se proteger, e perguntou à Zeus se ele poderia deixar o homem utilizar o fogo.

Mas, Zeus negou seu pedido, afirmando que o fogo pertencia apenas aos deuses. Porém, Prometeu covnencido de sua ideia, roubou o fogo dos deuses e entregou aos homens.

Prometeu fora cruelmente punido pelo roubo, sendo amarrado numa montanha, onde todos os dias uma água comia seu fígado, que crescia novamente durante a noite. Porém, Prometeu não foi o único a ser punido. Zeus acreditava que os humanos também tinham culpa por aceitarem o dom do fogo das mãos de Prometeu, e, para punir o homem,  Zeus criou a primeira mulheres, que fora chamada Pandora.

Pandora fora moldada para se parecer com a bela deusa Afrodite, e, recebera diversos dons tais como sabedoria, beleza, bondade, paz, genrosidade e saúde. Zeus enviara Pandora à Terra para ser esposa de Epimeteu e, embora Prometeu o tenha alertado para nunca aceitar presentes dos deuses, o titã ficara encantado com a beleza de Pandora e quis casar-se com ela de qualquer forma.

Como presente de casamento, Zeus deu uma caixa para Pandora, mas advertiu severamente que Pandora nunca poderia abri-la. Mas, como fora criada para ser curiosa, depois de muito resistir, sucumbiu finalmente ao desejo de abrir o presente. E, coisas horríveis saíram da caixa, a saber, a ganância, a inveja, o ódio, a dor, a doença, a fome, a pobreza, a guerra e a morte.

Ao aceitar Pandora, Epimeteu também ganhou uma caixa onde estavam contidos vários males físicos e espirituais que poderiam acometer o mundo. Desconhecedor do conteúdo, ele foi somente alertado de que aquela caixa não poderia ser aberta em nenhuma hipótese. Com isso, o artefato era mantido em segurança, no fundo de sua morada, cercado por duas gralhas barulhentas.

Aproveitando de sua beleza, Pandora convenceu o marido a se livrar das gralhas que lhe causavam espanto. Após atender ao pedido da esposa, Epimeteu manteve relações com ela e caiu em um sono profundo.

Nesse instante, não suportando a própria curiosidade, Pandora abriu a caixa proibida para espiar o seu conteúdo. Naquele momento, ela acabou libertando várias doenças e sentimentos que atormentariam a existência do homem no mundo. Zeus assim concluía o seu plano de vingança contra Prometeu.

Tudo que restou na caixa foi a esperança que voou sobre a caixa, tocando as feridas criadas pelos males e curando-as. Assim, apesar de Pandora ter liberado tanta dor e sorimento no mundo, também permitiu que esperança conhecesse a humanidade.

Logo percebendo o erro que cometera, Pandora se apressou em fechar a caixa. Com isso, ela conseguiu preservar o único dom positivo que fora depositado naquele recipiente: a esperança.

Dessa forma, o mito da Caixa de Pandora explica como o homem é capaz de manter-se perseverante mesmo quando as situações se mostram bastante adversas.

Na Ilíada, Homero conta que, na mansão de Zeus, haveria duas jarras, uma que guardaria os bens e, outra os males. A Teogonia de Hesíodo não as menciona, contentando-se em dizer que sem a mulher, a vida do homem não é viável, e com ela, mais segura. Hesíodo descreve Pandora como um "mal belo" (καλὸν κακὸν/kalòn kakòn).

O nome "Pandora" possui vários significados: panta dôra, a que possui todos os dons, ou pantôn dôra, a que é o dom de todos (dos deuses).


A palavra referente à esperança em grego é ἐλπίς/elpís, que é definida como "a espera de alguma coisa" e, pode ser traduzida como esperança, mas essa tradução seguramente é arbitrária. Uma tradução melhor poderia ser "antecipação", ou até o temor irracional.

Graças ao fechamento por Pandora da jarra no momento certo, os homens sofreriam somente dos males, mas não o conhecimento antecipado deles, o que provavelmente seria pior.


Além disso, esse mesmo mito explora a construção da identidade feminina como sendo marcada pela sensualidade e o poder de dissimulação. Na maioria das vezes ela é interpretada por um lado positivo, pois nossa esperança estará sempre guardada conosco, nos impedindo de desistir. Daí surge o famoso ditado que diz que “a esperança é a última que morre”.

Essa história se repete em diversas outras culturas, como em Adão e Eva, onde Eva ao desrespeitar as regras de Deus e comer a maçã, fez com que os homens fossem expulsos do paraíso.

Há outro símbolo está inserido neste mito. A jarra (pithos) nada mais é que uma simples ânfora: um vaso muito grande, que serve para guardar grãos. Este vaso só fica cheio através do esforço, do trabalho no campo, seu conteúdo então simboliza a condição humana. Por consequência, será a mulher que a abrirá e a servirá, para alimentar a família.

O politeismo enxerga Pandora como a que deu ao homem a possibilidade de se aperfeiçoar através das provas e da adversidade, o que os monoteístas denominam de males. Assim, Pandora lhe dá forças para enfrentar estas provas com a espeirança. E, na filosofia pagã, Pandora não seria a fonte de todo mal, mas sim, de força, da dignidade e da beleza, pois afinal, sem a adversidade o ser humano em nada poderia evoluir.

 
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 24/02/2020
Alterado em 24/02/2020
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