"O conhecimento é o mais potente dos afetos: somente ele é capaz de induzir o ser humano a modificar sua realidade." Friedrich Nietzsche (1844?1900).
 

Professora Gisele Leite

Diálogos jurídicos & poéticos

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A Queda do Império Romano deveu-se particularmente por ser tão vasto e, principalmente, começou em meados do século IV depois de Cristo, especialmente em razão de sérios problemas de econômicos, que já começaram desde do século anterior, quando já assolava as invasões bárbaras e, acirrou a disputa de poder pelos militares.

O colapso econômico deu-se motivado pela falência do sistema escravista que teve que ser substituído pelo sistema de colonato e, que consistia na relação entre pessoas em precárias condições de subsistência e extensas propriedades de terras, quando se contratavam seus serviços e, em troca, ofereciam proteção e terras para o trabalho.

Como a maioria dos proprietários que possuíam muitos escravos passaram a libertá-los e, ainda, a estabelecer também o colonato com estes. Tal processo acabou gerando uma forte decadência dos centros urbanos e das atividades comerciais das cidades.

No ano 395, o Império Romano se dividira e sua parte oriental tornou-se o centro do poder. A capital era Bizâncio, um centro comercial da Antiguidade localizado no Estreito de Bósforo, que foi rebatizada mais tarde como Constantinopla pelo Imperador Constantino, o Grande.


Constantinopla é atualmente, chamada de Istambul na Turquia, sendo a quinta maior cidade do mundo e,era a sede do Império Bizantino, e exercia grande poder sob aspecto comercial, cultural e considerada também como a capital europeia do mundo medieval ao mesmo tempo em que foi a capital do Imério Romano.

O fim de Constantinopla marcou igualmente o fim da Idade Média. Exatamente em 29 de maio de 1453 quando a cidade fora definitivamente tomada pelo Império Turco-Otomano. A Queda de Constantinopla e de suas muralhas que foram bombardeadas dia após dia, num período de uma semana, arrastando-se por guerra cruel que durou mais de dois meses.

Anteriormente, a muralha de Constantinopla era tida como inexpugnável mas, infelizmente, não fora construída para resistir aos ataques de canhões. Durante a batalha até o Papa enviara uma frota de navios para igualmente atacar o Império Bizantino que mantinha uma visão que irritava particularmente o clero católico.

O embate ocorria literalmente na parte frontal da muralha que era menos protegida das demais partes, com  a entrada de nova força de guerra, transferiu-se para outras alas. 

Quando os otomanos intensificaram os trabalhos de invasão e um dos grandes canhões conseguira abrir a tão ansiada brecha no forte e, a partir daí, concentraram o ataque para irromper por Constantinopla.

Em 1453, o Sultão Mehmed II invadira Constantinopla e sonhava com um Império Otomano mundial e Constantinopla deveria ser sua capital. O sucesso da invasão otomana é creditado especialmente por conta de um novo tipo de canhão, um dos maiores do mundo na época. E, foi com estes canhõs que finalmente a muralha da cidade fora destruída.

Até o próprio imperador Constantino se pôs em batalha e de forma honrada se colocou junto ao cerco de seu exército que formou um verdadeiro escudo humano para impedir a entrada dos otomanos. Mas, enquanto isso, os bizantinos tentavam consertar a muralha. E, nessa empreitada, deu-se o maior erro do exército de Constantinopla que foi permitir que a muralha da ala noroeste, até então intacta, restasse desprotegida.

E, a partir deste momento, e mais diante de vários outros acontecimentos desordenados levaram a derrocada fatal, o exército otomano irompeu pela ala noroeste, controlando tanto o interior quanto o exterior da muralha, o comandante do exército bizantino feriu-se e, fora levado para o navio inimigo deixando seus comandados sem ordens, lutando desconexamente, e até mesmo o Imperador Constantino entrou em combate corpor a corpo e veio a desaparecer sem jamais ter sido visto novamente. 

O ataque final foi em 29 de maio de 1453 efetivado tanto por mar como por terra. Gregos eram alvo da artilharia por todos os lados. E, a cidade enfim parecia inexoravelmente perdida e, no auge das investidas dos otomanos, Constantino foi morto, depois de longa e heroica resistência, o que acarretou a derrota definitiva dos últimos defensores da cidade. Assim, um sítio que durou cinquenta e três dias, Constantinopla caiu em mãos de Mehmed II
doravante batizado de Conquistador.

A queda de Constantinopla pôs definitivamente fim à presença de um Estado cristão na região e permitiu ao Império Otomano se espraiar, tornando-se um dos impérios mais poderosos da história, que perduraria por mais de 600 anos.

Allan Palmer relatou que quando o Sultão Mehmed II adentrou a Constantinopla em seu tordilho, naquela tarde de terça-feira, foi primeiramente à Santa Sofia, a Igreja da Santa Sabedoria, e pôs a basílica sob sua proteção, antes de ordenar que fosse transformada em mesquita.

E, cerca de sessenta e cinco horas mais tarde, retornou até à basílica para suas preces rituaisdo meio-dia da sexta-feira. A transformação era simbólica para os planos do Conquistador. E, o mesmo aconteceu quando insistiu em investir com toda pompa e solenidade um erudito monge  ortodoxo no trono patriarcal, até então, vago.

Relevante frisar que a religião cristão não fora proibida, porém, o islamismo tornou-se a religião oficial e, então, os símbolos cristãos nas igrejas foram substituídos por símbolos islâmicos. E, é possível até hoje encontrar nas igrejas os resquícios dessa época.

Tempos mais tarde, a cidade receberia o nome de Instambul que significa literalmente "na cidade" e se tornaria a sede do Império Otomano que sobreviveu até o início do século XX.

Referências

PALMER, Alan. Declínio e Queda do Império Otomano. Tradução de Cleuber Vieira. São Paulo: Globo, 2013;

GIORDANI, Mário Curtis. História do Império Bizantino. Rio de Janeiro: Vozes, 1968.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 23/01/2020
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