Anastácio mascava o fumo. Fazia trejeitos estranhos e contemplava a lua. Lua minguante despida de sua inteireza e totalmente melancólica. Anastácio tinha que se decidir se casaria ou não com Efigênia. Uma jovem que conhecera já quase há um ano. E, havia certa pressão para que o namoro não fosse longo.
Pois do contrário, poderia Efigênia ficar mal falada. E, passar a ter uma fama de moça fácil ou facilitadora. Anastácio já não era tão jovem, contava com a idade de Cristo quando fora crucificado... Trinta e três anos...
O mesmo número que tinha que repetir quando o médico lhe auscutava... Seus pulmões eram fortes, apesar de mascar fumo... e, por vezes, tomar uma branquinha, que é como é conhecida a aguardente. Suas dúvidas diante daquela lua minguada, parecia não ter a menor importância. E, o barulho do grilho parecia caçoar das matutações de Anastácio.
Não tinha mais sua mãe viva. Sua irmã, mais velha, casara e mudara para outra cidade, bem distante... Era, em suma, um solitário. Mas, era um solitário resignado. Apesar que nutria afeto por Efigênia que era extremamente tímida e calada.
Depois de muito pensar. Levantou-se e rumou em direção ao casebre onde morava. Fechou a porta que rangia como se gemesse. E, acendeu a lamparina. Que iluminava de forma fraca o ambiente. Afofou a cama, tirou os sapatos. E, finalmente, deitou-se. Era melhor decidir em sonho, pois na realidade, tudo é duro e mais difícil. As vezes, tomar uma decisão, ao som dos grilos pode ser cruel e desafiador.