A frase original é “O inferno são os outros” é creditada ao filósofo existencialista Jean-Paul Sartre e, apontou que os infortúnios da convivência humana está mesmo intrínseco em nossa mísera essência humana. Paul Valéry , outro poeta e filósofo também francês afirmou certa vez que: “A pessoa que julga não vai fundo de nenhuma questão”. Pois quando julgamos, interrompemos a capacidade de avaliar, eis porque estabelecemos em nós um tribunal e, no outro (é o acusado, ou pelo menos, o réu). De fato, quando apontamos com o dedo indicador em riste para alguém, permanecem ainda quatro outros dedos direcionados para o próprio acusador. Portanto, há mais culpa no acusador do que propriamente no acusado. Quando julgamos, já não enxergamos mais, pois o outro passou a pertencer ao outro lado. Essa divisão nos impede de sentir e aprofundar qualquer questão. Ademais, existem variações intensas e substanciais do mesmo ser ao longo do tempo, que pode de manhã gozar de plenitude indo até mesmo a decrepitude fatal na noite do mesmo dia. É preciso entender que impor limites aos outros e, até mesmo a si mesmo, não significa ofender. É verdade que a lenta erosão dos relacionamentos nos faz perceber que o inferno são os outros, ou seja, está no outro. Mas, oculta, por sua vez. que também o paraíso pode estar no outro. Que tal, cultuarmos a empatia?