A depressão se apresenta como a epidemia do século XXI. Afinal com tanto progresso tecnológico, o homem deixa de ter as funções básicas e muitas atividades hoje podem ser realizadas por máquinas e otimizadas pela tecnologica.
A internet erigiu uma gigantesca aldeia global trazendo uma ampliação dos pontos de vista, porém, abandonou a crítica e a reflexão que são tão necessárias para que haja a devida seleção de tais informações.
Cumpre ainda advertir que informação não se confunde com o conhecimento. Afinal, o conhecimento não é simples apropriação de informações e nem mesmo
sua possível memorização.
O conhecimento assim como o aprendizado se traduz em ser uma atividade intelectual realizada por um procedimento onde indagamos, questionamos, duvidamos, estabelecemos relações entre os diversos saberes e informações obtidas.
E, assim, se produz novas informações que novamente retornam a cíclica de novos processos pautados na observação, questionamento e reflexão. A informação metaforicamente é uma lista ou catálogo enquanto que o conhecimento é um sistema ou esquema o que inclui fatos, experiências, reflexões e, principalmente, crítica.
Ao saírmos da modernidade sólida repleta de conceitos e referências estáveis para a modernidade líquida conforme enunciou Zygmunt Bauman perdemos a possibilidade de haver "manual" para nos guiar pelas inúmeras fases e variantes, assim navegamos num mar de valores altamente mutantes
e descartáveis.
E, as múltiplas condutas humanos ainda buscam o autoconhecimento para que ao nos aperfeiçoarmos construiremos um futuro melhor, mais humano e, principalmente solidário.
A depressão desponta como um fracasso diante de um ciclo cada vez mais competitivo, mas o possível remédio é procurar saber quem somos e o que, afinal, queremos.