Evoé, Bibi.
As pessoas insistem em morrer... elas não sabem que os afetos são eternos. Que as emoções atravessam o tempo, o horizonte e os olhos dos espectadores. Elas não sabem que os laços sanguíneos ou não são trançados
por emoções, flashes, palavras e música. Todas juntas embalam nossa existência no íngrime caminho para o aperfeiçoamento.
Por vezes, nosso espírito rebelde se arremessa insensato contra as adversidades, resmunga sobre os desafios diários da aprendizagem e, vitupera contra os eventuais inimigos, os óbices e, sobretudo, a ingratidão e a indiferença.
As pessoas insistem em morrer. E, nós, ainda vivos, vamos marcar missas, homenagens, rezaremos o terço, acenderemos velas, buscaremos na luz de nossa alma, os vestígios imortais deixados pelo caminho.
Cada dia que passa, e morre um ente querido, um conhecido ou mesmo um ídolo, a jornada fica mais solitária e repleta de lembrança e saudade. A bagagem aumenta.
E. nos libertar do peso é sempre difícil. Há de se ter a elevação divina e galgar as rampas que nos levam para outros níveis. As pessoas insistem em partir, ainda que permaneçam ancoradas em nossos corações e, quando, no auge de nossa tristeza, percebemos que foi uma dádiva e uma benção ter tido a simples oportunidade de conhecê-las.
Evoé, Bibi !Hoje a vida não é rosa.. C'est rouge. E, eu não me arrependo de nada. Je ne regrette rien.