Aos primeiros raios do sol, eu acordo. Normalmente as cinco horas da manhã. È bonito ver o descortinar do sol, em seus primeiros raios, ainda tímidos e vermelhos. Em seguida, procuro a minha volta os chinelos, embora eu adore
andar descalçada, sentir o frio do piso dá uma sensação aliviante diante do calor senegalesco de minha cidade. A rotina num verão voraz  e árduo... tenho mil coisas para fazer, escrever, organizar. Confesso, tenho mania de organização. Embora seja inútil, pois bagunço tudo... Rotineiramente estou as voltas com temas jurídicos mas em minhas profundas reflexões acabo por me envolver em viés filosófico, sociológico ou simplesmente cultural.  Precisamos da cultura da paz. Precisamos de mais diálogo e menos embates e litígios. Nesse momento, vejo na mediação um caminho salutar para diminuir o excesso de demandas que  esperam por longo tempo, e quando finalmente, são julgadas, já não são eficazes e nem promovem a pacificação social. Precisamos pensar além da rotina da litigância de massa e, promover a resolução de conflitos de interesses de forma amigável e civilizada.  Precisamos ir além do litígio para construir uma convivência social e política saudável.