Metamundo
O mudo é pequeno
Que cabe bem aqui
Nesse poema
Recheado de reticências
São infinitos portáveis
O mundo é vasto
Que na imensidão desconhecida
Conhecer você é
Referencial
É conhecer todos os ventos
Sem a rosa dos ventos
O mundo está doente
Repleto, lotado
De sentimentos dementes
Joguei a lógica
No vaso sanitário
Mas não dei descarga
Restou lá estagnada
Arremessei longe a metafísica
Saltitante
Dos pássaros suburbanos
Para o profundo céu
Que parece azul
Mas não há visão
Tão ilusória
Como aquele que crê
Que o mundo finda lá
Naquele horizonte adiante
O mundo é pequeno
E cabe no instante que fito seus olhos
Nas tuas suadas mãos
Úmidas de lágrimas não choradas
De calafrios banidos
pela razão
Ofuscante manhã
A mostrar mesmo sol
ardente
secreto em todos os dias ,
Aberto em todos os corpos
Poros a segregar
Metabolismo
Metalinguagem
Metafelicidade.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 11/09/2007
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