Viajava naquela nuvem com aparência de dragão... aliás, achava um ser mitológico fascinante que está presente em diversas culturas e civilizações com grandes dimensões e traços reptilianos, ou seja, semelhantes aos lagartos ou serpentes. Dragão, vem do grego drákõn, que era utilizada para definir grandes serpentes. Viajava naquele dragão branco em forma de nuvem esvoaçante e, como pagamento, entregava minha alma livre para ser servil ao abstrato de crenças e de paixões. Muito provavelmente, os dragões sejam um dos primeiros mitos criados pela humanidade e, talvez, tenham surgido em razão da descoberta de grandes fósseis relacionados aos dinossauros e, ainda, a outras grandes criaturas, tais como baleias, crocodilos, rinocerontes e mamutes. Assim, havia dragões da terra, da água e do ar. Uma das mais antigas representações de dragões datam de aproximadamente quarenta mil anos antes de Cristo e, estão presentes em pinturas rupestres situadas na Austrália. Na Babilônia, narrava-se a criação do mundo com a presença de dragões principalmente de Tiamat, que seria uma dragão-fêmea, apontada por alguns como a personificação do oceano e consorte de Apsu, considerado por sua vez, a personificação das águas doces que percorrem a terra e, se unem finalmente para dar à luz aos diversos deuses mesopotâmios. Ao final da viagem, sofri a transmutação e, voando como dragão-fêmea lancei palavras flamejantes que aqueceram almas e lacrimejaram olhos.