Quase morri
A maioria das pessoas sabem que sou professora e já conto com mais de três décadas de magistério. Sendo trivial o recebimento de livros de cortesia para apreciação e possivel adoção para as turmas, amigos e até cursos. Eis um aviso de entrega chega em caixa de correios, obrigando-me a ir ao centro de distribuição dos Correios que fica situado desgraçadamente num lugar apelidado de "faixa de Gaza"...
Lá fui eu igual Quixote sem Sancho a enfrentar moinhos e medos e fui tentar pegar meus livros... praticamente à porta havia uma blitz da PM.
Pensei em minha inocência blasèe que isso significaria maior
segurança. Ledo engano!
De repente, não mais que de repente... um carro acelerou e saiu cantando pneus... tiros e mais tiros.
E, eu não sabia o que fazer... corri para o táxi e roguei que fôssemos embora. E assim fugimos... eu tremia dos pés a cabeça.. minha pressão arterial se elevou...Quase morri novamente.
Não quero morrer de bala perdida e nem de ataque cardíaco.
Meu Deus, na cidade do RJ, no último mês registrou mais de 50 tiroteios... como possamos viver sob a ditadura do medo e do desgoverno?
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 16/08/2018
Alterado em 19/08/2018