Como sabemos o prisma é um sólido geométrico resultado da união de todas  retas congruentes e paralelas a dado segmento, com uma extremidade nos pontos de um polígono fixo, não paralelo a esse. Assim, é que o prisma é poliédrico... pois tem duas faces congruentes e paralelas (que correspondem as bases) e cujas demais faces (as laterais) formam paralelogramos.
Assim é o ser humano, nas bases, nossa biografia, nossa infância, depois adolescência, mais tarde, a fase adulta, nem sempre madura. E, por fim, fechando o poliedro, o entardecer da velhice.  Já não somos tão fortes, eletrizantes e lépidos.  As linhas congruentes correspondem ao corpo e a alma... e a projeção ortogonal é o espírito embanhado de tantas coisas, tantos registros...Poesias sem rima, prosa sem tema e semântica sem sintaxe.
As vezes o plural nos confunde e, o singular nos trai, por não ser por si só, uma coisa simples e cartesiana, Há o lado oculto, a base oculta, o sustentáculo invisível parecendo mesmo ser o antiprisma, onde tudo parece ser igual e paralelo.. e as diretrizes são ligadas por triângulos. Há coisa mais intrigante que um triângulo sempre há um lado oculto.
O prisma pode separar a luz em suas cores do espectro... e, aí temos na memória o arco-íris... de repente, resgato a cor de sua íris, profundamente verde, misteriosamente enigmática. Envolta num silêncio polar iluminando o meu lado oculto a bisbilhotar como se fosse um detetive a tua aura indecifrável.